NATAL


BOM NATAL!

(...) «Minhas pequenas senhoras! Meus pequenos senhores! Têm encarecido muito as coisas no Paraíso durante os últimos anos. Os géneros de primeira necessidade estão pela hora da morte. O preço do maná tem dobrado pés com cabeça. As rendas de casa das estrelas têm subido muito, e ainda o outro dia, conversando sobre este assunto com o meu compadre e amigo São Pedro, porteiro, ele me contava que se não tem hoje uma pequena água-furtada senão pelo dobro do preço por que antigamente se alugava um bom primeiro andar na Via Láctea. A mão–de-obra das asas dos serafins tem encarecido na mesma proporção, e há santas, boas menagères, que têm despedido muitos querubins das suas peanhas por não os poderem sustentar, ficando apenas com um anjo para todo o serviço ou tomando um querubim a dias. O Mafarrico, com quem me encontrei há dias numa excursão de recreio, referiu-me que as coisas não corriam melhor no Averno. Têm ali afluído nos últimos anos muitos banhistas de enxofre. O número das almas em tratamento sulfúreo é enorme, gasta-se imenso combustível, o que tem feito encarecer tudo. Acrescentou o Mafarrico que só na verba cabeleireiro gasta ele hoje dez vezes o que gastava dantes para lhe pentearem o rabo e para lhe frisarem os chavelhos, aos sábados. De modo que, meus pequenos senhores e minhas pequenas senhoras, não é só neste mundo que é preciso economia; ela é indispensável em toda parte. Para o fim de responder liberalmente às cartas que vós ontem me dirigistes, e que eu oportunamente mandei buscar aos vossos sapatos pelo meu escudeiro Hauscrouff, que ora vedes presente neste recinto, eu gastei todos os meus bens da mitra, e ainda está uma boneca _ essa, maior _ que ficou na conta para ser paga em prestações ao mês. De forma que, enquanto vós ides brincar alegres e satisfeitos com os bonitos que vos trouxe, uma grande infinidade de meninos se acham por esse mundo a chorar por não terem brinquedos nenhuns. Peço-vos pois que, para fazer deste dia dos meus anos um dia de alegria completa e geral, me deis todos os vossos bonitos velhos, a fim de que eu presenteie com eles as criancinhas menos felizes, que não podem ter como vós bonitos novos. Hauscrouff! Aproximai o cesto!»









A festa do Natal _ a festa das crianças e a história de uma que não se divertiu
JOSÉ DUARTE RAMALHO ORTIGÃO

Rosa-dos-ventos Exposição de trabalhos


Está patente na biblioteca da Escola E.B 2/3 Bernardino Machado, uma pequena exposição subordinada ao tema "Rosa-dos-ventos".


Os trabalhos foram realizados pelos alunos das turmas D, E e G do 5º ano de escolaridade, no âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal.

O Primeiro de Dezembro de 1640









O Terreiro do Paço no dia 1 de Dezembro de 1640
óleo sobre tela, anónimo, século XVII
Portugal vivia sob o domínio filipino. O reino estava a ficar muito prejudicado com a União Ibérica.
Alguns nobres portugueses começaram a reunir-se para combinarem um plano que tinha como objectivo o derrube de Filipe III e a sua substituição por um rei português. O candidato era D. João IV.
O I de Dezembro de 1640 foi a data escolhida.
Nesse dia um grupo de nobres portugueses entrou no Paço da Ribeira e derrubou o poder espanhol. Essa vitória foi simbolizada por dois importantes acontecimentos:
  • A morte de Miguel de Vasconcelos, nobre português considerado traidor por ser o homem de confiança de Filipe III;
  • A prisão da Duquesa de Mântua, prima de Filipe III, que era vice-rainha de Portugal, o que ia contra as garantias dadas nas Cortes de Tomar.

A revolta do I de Dezembro pôs fim a 60 anos de União Ibérica. No próprio dia da revolta, foi aclamado rei o duque de Bragança, que reinaria com o título de D. João IV.

No dia 28 de Janeiro de 1641, reuniram-se Cortes em Lisboa, onde D. João IV foi confirmado rei pelos representantes de todos os grupos sociais. Iniciou-se um período de 28 anos em que os Portugueses lutaram pela afirmação da sua independência.

A essa fase, marcada por uma violenta guerra com a Espanha, chamar-se-ia Restauração.

Clube de História


Clube de História

És curioso(a)...
gostavas de conhecer melhor o passado da tua terra...
e de viver aventuras...?
Então inscreve-te no Clube de História que vai funcionar na sala A21, no horário que se segue:

2ª Feira das 10.55 às 12.35.
das 13.35 às 15.15
4ª Feira das 13.35 às 15.15 e às 17.00.

5ª Feira das 16.00 às 17.00.

6º Feira das 13.35 às 14.20 e das 15.15 às 16.00.

Faz a tua inscrição junto da D. Susana.
Aparece e divulga o teu CLUBE!

A castanha na História

Há mais de 1000 anos que a castanha acompanha a história humana. Romanos e Gregos adoravam-na.


Em latim castanea deu origem a castanheiro e castanha.


Pensa-se que a castanha seja oriunda da Ásia Menor, Balcãs e Cáucaso, acompanhando a civilização ocidental desde há mais de 1000 anos. A castanha constituiu um importante contributo calórico na alimentação do homem pré-histórico que também a utilizou para alimentar os animais. Os Gregos e os Romanos colocavam castanhas em ânforas cheias de mel silvestre. este conservava o alimento e impregnava-as com o seu sabor. Os Romanos incluíam a castanha nos seus banquetes. Durante a Idade Média, nos mosteiros e abadias, monges e freiras utilizavam frequentemente a castanha nas suas receitas. Por esta altura, a castanha era moída, tendo-se tornado mesmo um dos principais farináceos da Europa. Com o Renascimento a gastronomia assume novo requinte, com novas fórmulas e confecções. Surge o marron glacé, passando de França para Espanha e daí, com as Invasões Francesas passando a Portugal .


in Sabores (adaptado)

Jogos

Continua a aprender e a divertir-te!
Com este jogo vais ficar a conhecer melhor a corte de D. João V.


HISTÓRIA DO... FUTEBOL


CRISTIANO RONALDO foi eleito o melhor futebolista do ano pela FIFPro e tornou-se o primeiro futebolista não brasileiro a conquistar o prémio atribuído pelo sindicato internacional dos jogadores de futebol.

HISTÓRIA DO... CINEMA




Manoel de Oliveira faz 100 anos


"Viver muito tempo é uma benção de Deus mas tem o seu preço"

Manoel in Viagem ao Princípio do Mundo


No dia do seu centésimo aniversário, Portugal estende a "passadeira vermelha" para o seu maior e mais premiado cineasta.


Alguns aspectos da sua biografia:


Nasceu no Porto a 10 de Dezembro de 1908, numa família da burguesia industrial da cidade. Fez os estudos elementares num colégio de La Guardia. Desde muito novo que se interessa pelo cinema, mas é como desportista (atletismo e automobilismo) que o seu nome ganha a primeira notoriedade. Tem uma juventude algo boémia, chegou a fazer um número de trapézio voador nas festas anuais do Sport Clube do Porto e, com 20 anos, na mira de se tornar um galã de cinema, inscreve-se na Escola de Actores de Cinema. Participa pela 1ª vez num filme, 1928. No ano seguinte, com uma máquina de 35mm começa a rodagem do seu 1º filme Douro, Faina Fluvial. Em 1933, Oliveira é de novo actor em A Canção de Lisboa. Entretanto realizou alguns documentários, Miramar, Praia das Rosas, Em Portugal Já Se Fazem Automóveis e Famalicão. Em 1941, Oliveira realiza o seu 1º filme de ficção, Aniki-Bobó. Em 1955, desloca-se à Alemanha para estudar a cor no cinema e realiza, no ano seguinte, O Pintor e a Cidade. Em 1958, roda um novo documentário, O Pão (1958-1959). Ainda em 1959, começa a rodagem de A Caça que terminaria em 1963. Os anos 60 viriam a marcar a consagração de Manoel de Oliveira no plano internacional, a partir de Itália: medalha de ouro no festival de Siena com ACTO de PRIMAVERA (...).Também em Portugal lhe é prestada uma homenagem nacional em 1963. Nos anos 70 realiza a sua "trilogia dos amores frustrados", e a consagração crítica internacional cimenta-se. Na década seguinte recebe galardões um pouco por todo o mundo (LEÃO de OURO ESPECIAL de VENEZA). Em 1987, estreia-se como encenador de teatro em Itália. Dizia-se dele que "aos 80 anos de idade, em plena actividade, Oliveira era sem dúvida, o mais importante cineasta português", passados 20 anos a frase continua actual e ainda mais admirável pelo facto de, na idade, podermos escrever o número 100.


No ano em que comemora o seu centésimo aniversário, o realizador recebe uma PALMA de OURO do Festival de Cannes, em homenagem à sua carreira.


Em Portugal, no Museu de Serralves uma exposição assinala os cem anos de Manoel de Oliveira e estão a decorrer muitas outras iniciativas.


O seu próximo filme intitula-se "Singularidades de Uma Rapariga Loira".


Presta-lhe a tua homenagem, Vê Um Dos Seus Filmes.


Recomendamos Aniki-Bobó para os mais novos e Francisca para os mais crescidos.


(Não são referidos todos os títulos dos seus filmes nem dos prémios que lhe foram atribuídos dado o seu número excepcional)

Palavras Cruzadas

Aqui tens uma forma divertida de aprender.

Completa as palavras cruzadas e verifica o que sabes.



"Conhecendo a Terra"

"A morte de D. Sebastião e a Sucessão ao Trono"

És capaz de descobrir?



Esta ponte romana localiza-se na aldeia turística de Agra. Tenta descobrir o rio que aí passa e cuja nascente se encontra perto.
Envia-nos o teu palpite através dos comentários, não te esqueças de referir nome, ano e turma.
O nome dos vencedores será publicado.
No mês de Dezembro, podes confirmar se foste um dos vencedores!
Até lá, continua a ver as novidades e não te esqueças de divulgar o blog "Viajar-no-Tempo" aos teus colegas.

Aniversário da Ponte D. Luís


No dia 31 de Outubro de 1886 foi inaugurada a Ponte D. Luís. Obra projectada por um discípulo e colaborador de Eiffel, o engenheiro Teófilo Seyrig, é um exemplo representativo da arquitectura e técnicas do ferro. A Ponte de D. Luís é composta por dois tabuleiros metálicos sustentados por um grande arco de ferro e cinco pilares.

Pastéis de Santa Clara


Receita ligada ao Mosteiro de Santa Clara de Coimbra


Fazer uma massa com 500g de farinha de trigo com fermento e 200g de manteiga. Utilizar a água morna que for necessária para que a massa fique o mais fina possível. Cortar a massa de maneira a que os pastéis fiquem oblongos e rechear com doce de ovos feito com 500g de açúcar em ponto de pasta e catorze gemas.


Pintar os pastéis com gema de ovo e levar ao forno. Depois de retirados do forno, polvilhar com açúcar.


BOM APETITE!

Escapou com Vida das Águas do Mondego...


Durante séculos foi invadido pelas águas do Mondego, um tratamento de cerca de oito milhões de euros, o trabalho de dezenas de investigadores e de centenas de trabalhadores trouxe-o à vida, ao fim de quinze anos.

Com certeza já descobriste que estamos a falar do famoso CONVENTO de SANTA-CLARA-A-VELHA .

O Convento de Santa-Clara-a-Velha está ligado à rainha Santa Isabel (1271-1336), sua patrona e era um convento feminino de monjas clarissas.

Através dos estudos feitos ao longo da sua recuperação, ficamos a saber que as clarissas consumiam alguma comida que vinha de fora do mosteiro, como cereais, frutos secos, uvas, vinho, mas também cultivavam a horta e o pomar.

Nas escavações foram encontradas pequenas peças como botões, fusos, alfinetes e louças.

Neste mosteiro viviam mulheres da nobreza e da burguesia mas também havia mulheres consagradas que se ocupavam das tarefas mais humildes e criadas para fazer trabalhos de limpeza e cozinha. As freiras dedicavam-se à oração e aos labores como os bordados.


É um edifício do século XIV, estilo Gótico tardio, abobadado a pedra.

Inês de Castro e D. Pedro moraram nos Paços da Rainha, junto ao mosteiro. Antes de ser transladada para o Mosteiro de Alcobaça, D. Inês de Castro foi sepultada na sua igreja.

Como começou...

Dona Mor Dias, uma mulher da nobreza, pretendia criar uma casa religiosa ligada à Ordem de Santa Clara. A primeira pedra é lançada em 1286. A criação do mosteiro encontrou uma forte oposição por parte dos monges de Santa Cruz e é extinto em 1311.

Em 1314, a Rainha Santa consegue instalar aí as clarissas. As primeiras freiras nunca viveram em paz devido à constante invasão das águas do rio.

Em 1331, uma enorme cheia inundou o local.

No início do século XVII, as monjas abandonaram a parte inferior do templo e construíram um piso intermédio.

Nesse mesmo século, D. João IV manda construir um outro mosteiro para onde as freiras se mudam, Santa Clara-a-Nova.

O primitivo mosteiro, desde então chamado de Santa Clara-a-Velha entra em declínio.

Em 1910, é considerado monumento nacional.

Apesar de tudo o mosteiro sobreviveu.

Cabe-te a ti e a todos nós fazer com que se mantenha vivo!


A inauguração oficial acontecerá em Abril do próximo ano.

Como visitante poderás conhecer detalhes da vida das clarissas e usufruir do mosteiro e da zona circundante com um edifício novo que funcionará como centro interpretativo do monumento.

Enquanto aguardas a sua abertura delicia-te com os maravilhosos doces conventuais.

Informação recolhida e adaptada do jornal Público, 24/10/2008

Novas Propostas do Museu Alberto Sampaio

O Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães tem novas propostas educativas:
Histórias do Tio Alberto, teatro de marionetas, episódios da vida de Alberto Sampaio, grande historiador do século XIX;
Sonhos da Roberta: há freiras no Museu, teatro de marionetas, Roberta é uma menina que vive no Museu de Alberto Sampaio. É muito sonhadora e os seus sonhos são povoados pelas imagens das ricas e valiosas peças, cheias de história, que o Museu guarda;
Como D. João I tomou a vila de Guimarães, teatro de marionetas, este episódio histórico, que Fernão Lopes descreve, com todo o pormenor, na "Crónica de D. João I" é encenado e dramatizado neste teatrinho de marionetas.
Lendas de Guimarães, teatros de sombras:
. a lenda do espirro de D. João I
. a lenda de Santa Catarina da Penha
. a lenda do cutileiro e da boa água de Guimarães.

Não achas que são boas razões para visitar o Museu?


Arte na Rota de Camilo

No Centro de Estudos Camilianos está patente a exposição "Arte na Rota de Camilo".
Não percas a exposição e aproveita para visitar a casa onde viveu o famoso escritor, do século XIX, Camilo Castelo Branco.
A entrada é livre.

História do... Automóvel


O FORD T faz 100 anos


O Ford T foi o primeiro automóvel do mundo produzido em grande série.


O dia 1 de Outubro é considerado oficialmente como o marco do seu centenário, já que foi nesse dia de 1908 que foi construído o primeiro Model T para venda.


Até ao fim da sua carreira comercial, em Maio de 1927, o Ford T bateu todos os recordes de produção.


O Ford T não era um carro barato mas devido às suas características, foram vendidos, logo no primeiro ano cerca de 20000 unidades.


O seu sucesso deveu-se ao génio empresarial de Henry Ford que inventou o conceito de linha de produção. Era uma ideia que acabaria por conquistar o mundo e que se baseava em quatro princípios: exactidão, continuidade, sistematização e rapidez.


A rapidez era a chave de tudo isto: mais rapidez significava mais clientes e mais clientes significavam maiores lucros. Lucros esses que Henry Ford sempre soube partilhar com os seus trabalhadores _ eram dos mais bem pagos de Detroit _ e com os próprios clientes que viram os preços do Ford T baixarem regularmente.


Em 1908, o primeiro Ford T foi vendido por 825 dólares, em 1925 já era vendido por apenas 260 dólares.


in auto monitor, Público (texto adaptado)


Descoberta da Madeira


A Descoberta da Madeira

(...)Reza a lenda que de Porto Santo se avistavam umas nuvens escuras que os marinheiros pensavam ser o Inferno (o fumo das almas penadas a arder...) ou o sítio onde os barcos cairiam no abismo, borda fora do mundo!
Apesar destes temores, João Gonçalves Zarco embarcou com alguns homens num barco e foi andando, apesar do pânico da população, até encontrar terra firme: a Ponta de S. Lourenço, à qual foi dado este nome por ser o do navio do capitão.

Parte de um trabalho realizado por um grupo de alunos do 6ºC, Álvaro, Ana, Ana Filipa e Ana Raquel, números:1, 2, 3 e 4.

Dia Nacional dos Castelos

Dia Nacional dos Castelos

O Dia Nacional dos Castelos comemora-se, oficialmente, no dia 7 de Outubro, desde 2003.
Os castelos serviram, no passado, para proteger as cidades. Eram construídos em sítios altos e estavam muito bem protegidos.
Todos os castelos tinham uma muralha feita de paredes grossas, terminadas pelas ameias. Na muralha existiam aberturas estreitas por onde as setas eram lançadas, as seteiras. Quando as cidades estavam a ser atacadas, os seus habitantes refugiavam-se no interior dos castelos.
Em Portugal existem muitos castelos. Aqui, bem perto de ti, podes visitar o Castelo de Guimarães, mas se quiseres fazer a rota dos castelos podes ir ver o Castelo de Santa Maria da Feira, o Castelo de Montalegre, o Castelo de Montemor-o Velho, o Castelo de Castelo Rodrigo e muitos outros.
Se quiseres saber mais procura livros na tua biblioteca e os sites relacionados com o assunto.
Aqui ficam algumas pistas:
A vida nos castelos, Col. Descobrir
Castelos e Fortalezas, Col. Descobrir

Palácio da Pena


O Palácio da Pena foi mandado construir em 1840 pelo rei D. Fernando II, marido da rainha D. Maria II de Portugal, com o objectivo de o tornar numa residência de Verão.

O rei encarregou o Barão Eschewege, seu compatriota, de dirigir as obras, e de o integrar nas ruínas do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, que se encontrava no local.

O arquitecto inspirou-se nos castelos e palácios da Baviera, de estilo Romântico, e introduziu-lhe influências Mouriscas, Góticas e Manuelinas.