HISTÓRIA DO... CINEMA




Manoel de Oliveira faz 100 anos


"Viver muito tempo é uma benção de Deus mas tem o seu preço"

Manoel in Viagem ao Princípio do Mundo


No dia do seu centésimo aniversário, Portugal estende a "passadeira vermelha" para o seu maior e mais premiado cineasta.


Alguns aspectos da sua biografia:


Nasceu no Porto a 10 de Dezembro de 1908, numa família da burguesia industrial da cidade. Fez os estudos elementares num colégio de La Guardia. Desde muito novo que se interessa pelo cinema, mas é como desportista (atletismo e automobilismo) que o seu nome ganha a primeira notoriedade. Tem uma juventude algo boémia, chegou a fazer um número de trapézio voador nas festas anuais do Sport Clube do Porto e, com 20 anos, na mira de se tornar um galã de cinema, inscreve-se na Escola de Actores de Cinema. Participa pela 1ª vez num filme, 1928. No ano seguinte, com uma máquina de 35mm começa a rodagem do seu 1º filme Douro, Faina Fluvial. Em 1933, Oliveira é de novo actor em A Canção de Lisboa. Entretanto realizou alguns documentários, Miramar, Praia das Rosas, Em Portugal Já Se Fazem Automóveis e Famalicão. Em 1941, Oliveira realiza o seu 1º filme de ficção, Aniki-Bobó. Em 1955, desloca-se à Alemanha para estudar a cor no cinema e realiza, no ano seguinte, O Pintor e a Cidade. Em 1958, roda um novo documentário, O Pão (1958-1959). Ainda em 1959, começa a rodagem de A Caça que terminaria em 1963. Os anos 60 viriam a marcar a consagração de Manoel de Oliveira no plano internacional, a partir de Itália: medalha de ouro no festival de Siena com ACTO de PRIMAVERA (...).Também em Portugal lhe é prestada uma homenagem nacional em 1963. Nos anos 70 realiza a sua "trilogia dos amores frustrados", e a consagração crítica internacional cimenta-se. Na década seguinte recebe galardões um pouco por todo o mundo (LEÃO de OURO ESPECIAL de VENEZA). Em 1987, estreia-se como encenador de teatro em Itália. Dizia-se dele que "aos 80 anos de idade, em plena actividade, Oliveira era sem dúvida, o mais importante cineasta português", passados 20 anos a frase continua actual e ainda mais admirável pelo facto de, na idade, podermos escrever o número 100.


No ano em que comemora o seu centésimo aniversário, o realizador recebe uma PALMA de OURO do Festival de Cannes, em homenagem à sua carreira.


Em Portugal, no Museu de Serralves uma exposição assinala os cem anos de Manoel de Oliveira e estão a decorrer muitas outras iniciativas.


O seu próximo filme intitula-se "Singularidades de Uma Rapariga Loira".


Presta-lhe a tua homenagem, Vê Um Dos Seus Filmes.


Recomendamos Aniki-Bobó para os mais novos e Francisca para os mais crescidos.


(Não são referidos todos os títulos dos seus filmes nem dos prémios que lhe foram atribuídos dado o seu número excepcional)

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