O I de Dezembro de1640





Nesse dia, um grupo de nobres portugueses entrou no Paço da Ribeira e derrubou o poder espanhol. Esta vitória foi simbolizada por dois acontecimentos:




A morte de Miguel de Vasconcelos, nobre português considerado traidor por ser o homem de confiança de Filipe III;




A prisão da duquesa de Mântua, prima de Filipe III, que era vice-rainha de Portugal, o que ia contra as garantias dadas nas cortes de Tomar.




A revolta de 1 de Dezembro de 1640 pusera fim a 60 anos de União Ibérica.




O argumento dos revoltosos para afastar Filipe III do trono português era o de entregar a coroa ao neto de D. Catarina de Bragança, que tinha sido afastada em 1581. Assim, no próprio dia da revolta, foi aclamado rei o duque de Bragança, que reinaria com o título de D. João IV.




Curiosidade...




D. João IV fundou uma nova dinastia _ a de Bragança. O rei, além de bom governante, era um homem muito dedicado às artes, sobretudo à música. É-lhe atribuída a universalmente conhecida canção de Natal, Adeste Fidelis.

in H.G.P. , Texto Editora, (texto adaptado)

Curiosidades...

Na construção do Convento de Mafra trabalharam diariamente cerca de 20000 homens. O monumento tem 4500 portas e janelas, 880 salas, 144 sinos e a fachada principal mede cerca de 200 metros.
O convento tem uma igreja, um palácio, um museu, uma biblioteca, um hospital, capelas e celas para os monges.
Levou 13 anos a construir.

in Portugal: Um Presente Com Passado

Palácio de Mafra











Mandado construir por D. João V na primeira metade do século XVIII, o Palácio de Mafra é o mais significativo monumento do barroco em Portugal, integrando um Paço Real, uma Basílica, um Convento Franciscano e uma importante Biblioteca, síntese do saber enciclopédico do século XVIII.




Para o Convento e a Basílica, encomendou o rei obras de escultura e pintura a mestres italianos e portugueses, paramentos e alfaias religiosas, em França e Itália, e ainda todos os bens para a vida quotidiana dos frades.




As colecções do Paço Real integram mobiliário, ourivesaria, cerâmica e vidro(...).




IPPAR

D. João V


Descrição do monarca
“D. João V (…) tem boa figura, rosto comprido e é moreno como a maioria dos Portugueses.
Usa grande cabeleira negra, empoada, e veste habitualmente com grande magnificência.
Tive ensejo de o ver (…) na capela real. Nessa ocasião cobria-lhe as vestes um longo manto de seda preta semeada de estrelas bordadas a ouro (…). Ama excessivamente a magnificência e a ostentação. Presentemente está a construir, numa alta e árida montanha chamada Mafra, um palácio, uma igreja e um convento que custarão quantias fabulosas (…). Todos os anos chegam de Paris e doutras cidades os fatos mais ricos que ali se fazem (…). De trajes tem uma tão grande quantidade que não poderia usá-los todos, embora não vista cada um deles mais de três vezes. Em Londres vi uma peça de sua encomenda que bem revela o seu gosto pela magnificência. Era uma banheira de prata maciça dourada por dentro.”
In Lettre de Lisbonne, de César Saussure (Adaptado)